Espaço de investigação das ações tipográficas

Arquitetura / Tipografia

tipografia + arquitetura = multiplicidade/experimentação

As letras, usadas normalmente no discurso verbal, quando aplicadas na arquitetura se transformam em discursos visuais. A escrita pode ser considerada um discurso linear, onde, para entendê-la, são “decifrados” símbolos e códigos (Vilém Flusser) – quando usada na arquitetura ela se desconstroi e possibilita outra experiência com a letra, diferente da de transmitir pensamento, ela passa agora a transmitir sensações.

A proposta do projeto é explorar esse universo tipográfico criando objetos arquitetônicos que possam interagir e divulgar os espaços tipográficos encontrados na cidade de Belo Horizonte, divididos como marginais, acadêmicos e expositivos/discursivos.

Para isso, se aborda diálogos como arte urbana, grafite, fachadas da arquitetura, os edifícios e seus usos, anúncios publicitários e objetos cotidianos. A palavra, nessa proposta, é desconstruida e “invade” a cidade – a cidade se torna narrativa.

Espaço Portuário:

O primeiro pavimento do espaço portuário foi planejado para o atracamento das vans propostas e para conter um espaço para exposição de cartazes. Esses espaços propostos se relacionam fazendo com que as vans façam parte também do objeto construido. O acesso a esse pavimento se dá pela parte mais baixa da rua, bem próximo a entrada do metrô. Além desses espaços, o primeiro pavimento possui banheiros e acesso vertical.

O segundo pavimento do espaço portuário contém o Bar/Auditório e a Administração do projeto. O Bar/Auditório foi projetado com vãos grandes, podendo ser utilizado para outros fins como espaço para festas, eventos e oficinas. O acesso a esse pavimento se faz pela circulação vertical do primeiro pavimento e pela parte mais alta da rua.

Espaços em Movimento:

(arquiteturas ambulantes – ocupação transitória e móvel)

A segunda parte do projeto prevê a transformação dos veículos utilitários em espaços adaptados aos programas propostos. Utilizando 5 veículos utilitários, essa arquitetura ambulante tem o objetivo de fornecer espaços de apoio e intervenção para lugares já existentes na cidade de Belo Horizonte. Esses espaços terão programas variados e de acesso público.

Com essa proposta, é possível que as ruas, consideradas lugares de trocas (de informações, experiências, produtos), possam fazer parte também do projeto, possibilitando que os espaços públicos da cidade interajam diretamente com o objeto proposto.

A rua, nos dias de hoje, deixa de ser a extensão pública da casa e se torna apenas suporte para o trânsito de carros privados. O objetivo é também retomar esse uso público destinado as ruas.

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Orientador: Adriano Mattos